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(Calendário)

stANDing | "Práticas de Dis-Solução" & "Práticas de Re-Mediação"

sexta, 07/05

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Online/Presencial

Investigação-criação de procedimentos experimentais e partilha de processos | de/com Fernanda Eugenio, Dani d'Emilia, Manoela Rangel, Pat Bergantin e Sarah Amsler

Este evento já foi encerrado
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stANDing | "Práticas de Dis-Solução" & "Práticas de Re-Mediação"
stANDing | "Práticas de Dis-Solução" & "Práticas de Re-Mediação"

Info Geral

07/05/2021, 18:00 – 31/07/2021, 20:00

Online/Presencial

Detalhes

[ATENÇÃO PESSOAS DO BRASIL, ÀS DIFERENÇAS DE FUSO HORÁRIO! Todos os horários indicados são de Lisboa, com base na nossa Sede]

O Programa stANDing da Escola do Reparar abrange ações de partilha pública das investigações-criações, enquanto elas se desdobram, convidando o público para acompanhar de modo duracional os percursos de emergência de novas ferramentas e práticas nos projetos colaborativos em curso no contexto do AND Lab. Em 2021, o stANDing dará acesso aos novos processos e desdobramentos de duas pesquisas em andamento: as Práticas de Dis-solução e as Práticas de Re-mediação.

[EN]

The stANDing Program of the School of Reparar involves public sharings of researches-creations in process, as they unfold, inviting the public to accompany durationally the paths of emergence of new tools and practices within the collaborative projects underway in the context of AND Lab. In 2021, stANDing will be offering inroads into the new processes and developments of two ongoing researches: the Dis-solution Practices and the Re-mediation Practices.

Available in English: the video premieres will be English subtitled and Algarve and Lisbon presentations will be spoken partially in Portuguese and partially in English

Práticas de Dis-solução

Fernanda Eugenio e Dani d’Emilia

Interlocução Sarah Amsler

As Práticas de Dis-solução, de Fernanda Eugenio e Dani d’Emilia, são parte da pesquisa colaborativa des artistas à volta da elasticidade das capacidades de vinculação íntima com o desconhecido/desconhecível e de possíveis percursos para a ativação de modulações politizadas, não-hierárquicas e disseminadas do amor. Apostando na sintonização com as valências da (dis)solvência como meio para pesquisar possíveis "foras" do regime hegemônico da solução, as Práticas de Dis-solução trabalham com a matéria íntima/pessoal para atravessá-la. Através de rituais psicossomágicos, miram sintonizações com o infra e o transpessoal que permitam repousar no tecido da inseparabilidade, descansar no sentir distribuído e percorrer todo o espectro das sensações até a sua borda se (des)integrar no fora/dentro. 

Colocando em conversa o Modo Operativo AND e a Ternura Radical, esta colaboração iniciou em 2018 com as Práticas de Des-Imunizacão, focando em modos de retomada dos territórios afetivos imunizados pelos mecanismos de fechamento-proteção-indiferença característicos das relações entre humanes num enquadramento hegemônico-colonial-capitalístico. Com a pandemia e a demanda emergencial por imunização biológica, comprometeram-se as condições de proximidade que permitiam trabalhar na des-imunização afetiva à alteridade, ao mesmo tempo em que se tornou ainda mais urgente a sintonização com o fundo comum da Vida - feito não só do entrelaçamento com outres nomeáveis como "semelhantes", mas também da imbricação de cada ume com o corpo da Terra, com a vastidão ilimitada da vida para além e aquém das formas. Emergiram assim, em 2020, as Práticas de Dis-Solução, procurando fazer da ‘falta de contato físico’ entre humanes uma brecha para a coletivização do sentir, alargando as experimentações na direção de um repertório de intimidade relacional mais vasto, capaz de vibrar em amorosidade com outras formas de vida, mais-que-humanas. 

Um primeiro ciclo de criações aconteceu ao longo da edição 2020 do programa stANDing da Escola do Reparar, quando as Práticas de Dis-solução entraram em conversa com as Dez Posições ante o Irreparável, de Fernanda Eugenio, que funcionaram como tema para as atividades daquele ano. Deste encontro emergiu uma série de Ações Psicossomágicas, programas performativos para operar no sensível através de uma formulação mágico-ritual que ativa operações de dis-solução: (des)integração, trans-formação, (trans)bordamento, com-temporaneidade e (re)pouso. Esta série foi sintetizada em cinco vídeos inéditos, com edição de Pedro Henrique Risse. 

No programa stANDing 2021 da Escola do Reparar, além da estreia pública dos vídeos (7 de maio a 2 de julho, quinzenalmente), as Práticas de Dis-solução serão desdobradas através de uma entrada em interlocução com a investigadora Sarah Amsler, Professora Associada do departamento de Educação da Universidade de Nottingham, Reino Unido, e parte do coletivo Gestos Rumo a Futuros Decoloniais, que trabalha nos cruzamentos transdisciplinares entre sociologia, educação, teoria crítica e feminista, pedagogia radical e justiça social, com interesse especial em aprender nos limites do possível e com o ‘otherwise’. A partilha desta nova etapa será feita em duas apresentações presenciais: 24 de julho, no espaço Orla (Bensafrim, Lagos, Algarve) e dia 31 de julho na Penhasco, em Lisboa.

Práticas de Re-mediação

Fernanda Eugenio, Pat Bergantin e Manoela Rangel

As Práticas de Re-mediação, de Fernanda Eugenio, Manoela Rangel e Pat Bergantin, constituem-se enquanto campo de investigação sensível de vias de (re)conexão entre práticas artístico-somáticas, uma espiritualidade politizada e uma política espiritualizada. Desde que se instalou a pandemia, em março de 2020, ativamos encontros regulares online, nos quais nos propusemos a nos acompanhar 'movendo forças', partindo dos recursos e ferramentas que compõem os jogos com o corpo-território do Modo Operativo AND, em especial as práticas de (auto)etnografia sensorial, o ANDbodiment e os Jogos de Comparência. 

Enquanto gesto político de reconectar o que o pensamento dual inscreveu como separado, as Práticas de Re-mediação fazem-se práticas de en/incorporação da des-cisão,  (a)firmando a ligação com outros campos e integrando os planos que o pensamento moderno cristalizou como 'natural' e 'sobrenatural'. Isto será o mesmo que lembrar sensivelmente que tudo que está fora está dentro, e vice-versa, num exercício de des-identificação radical e de transicionalidade do Eu.

Foi com este desejo de re-conhecer (conhecer de novo) o que (não) sabemos - este plano em que espiritualidade, natureza e ancestralidade formam um todo indiviso -, que ancoramos a nossa pesquisa na dupla valência da operação da re-mediação: re-mediar é voltar a juntar o que estava desligado e é, também, curar, dar jeito e/ou remédio. Esse duplo sentido comparece quando damos passagem a três desdobramentos contemporâneos ao acontecimento: o corpo que é atravessado (forma-imediata), o corpo que atravessa (força-afeto), e o corpo travessia (forma-força-canal). Em estado de travessia-atravessamento-atravessade, os eventuais ‘pontos’ que pareciam estar desconectados podem se re-ligar e a cura da re-mediação, até então, tem se manifestado em também três modulações: a cura através do corte, a cura através do antídoto, e a cura através da dádiva.

Pesquisando, nos nossos corpos-territórios, o espectro das frequências vibracionais que nos atravessa e constitui, fomos interrogando através da vivência a possibilidade de sintonizarmos com a multidimensionalidade co-participativa da Vida, de dar passagem à sua manifestação, e de estarmos lá para ela, com uma capacidade ativa de senti-la, honrá-la e reconhecê-la.

Passado mais de um ano de pesquisa íntima e despretensiosa dessas questões, abrimos espaço no programa stANDing 2021 da Escola do Reparar para compartilhar os três meios que percorrem as Práticas de Re-mediação: meios de liberação - localizando e desbloqueando chaves de acesso para construir o corpo de travessia; meios de canalização - exercitando-se enquanto canal transpessoal e constituindo campo para a aparição da questão a ser curada; e meios de serviço - desobstruindo curas possíveis e disponibilizando caminhos para gestos de reparação que, através da concretização no ínfimo, possam, quem sabe, aos poucos reverberar mais vastamente. 

Serão duas apresentações públicas deste processo ininterrupto de pesquisa, ambas online, no dia 10 de julho (15 às 17h e 18 às 20h). 

[EN]

Dis-solution Practices

Fernanda Eugenio e Dani d’Emilia

In conversation with Sarah Amsler

The Dis-solution Practices, by Fernanda Eugenio and Dani d'Emilia, are part of the artists' investigation around the elasticity of the capacities for intimate connection with the unknown/unknowable and of possible inroads for the activation of politicized, non-hierarchical and disseminated modulations of love. Attuning with the valences of (dis)solvency as a means of researching possible "outer zones" of the hegemonic regime of solution, the Dis-solution Practices work through intimate/personal matters as portals for attunement with the infra and the transpersonal, proposing psychosomagic rituals as invitations to affectively surrender to the fabric of inseparability, resting in the whole spectrum of sensations until its outside/inside edge (dis)integrates.

Placing the Modus Operandi AND and Radical Tenderness in conversation, this collaboration began in 2018 with the Dis-immunization Practices, focusing on ways of reclaiming the affective territories immunized by mechanisms of closure-protection-indifference characteristic of relationships between humans in a hegemonic colonial-capitalistic framework. With the pandemic and its emergency demand for biological immunization, the conditions of proximity that allowed this work in the affective dis-immunization to alterity were compromised. At the same time, it became more urgent to attune with the broader wisdom of Life itself - composed not only by the intertwining with others named as ‘similar’, but also by the entanglement of each one in/as the body of the Earth, and the unlimited vastness of life beyond and below forms. From this context, in 2020, emerged the Dis-Solution Practices, an attempt to make the 'lack of physical contact' between humans an opening for the collectivization of affect, expanding experiments towards a wider repertoire of relational intimacy that mobilizes radical love with other more-than-human forms of life.

A first cycle of creations took place within the 2020 stANDing program of School of Reparar, In which the Dis-solution Practices entered into conversation with the Ten Positions in Face of the Irreparable, by Fernanda Eugenio, that functioned as theme for all activities in that year. From this encounter emerged a series of Psychosomagic Actions, performative programs to operate in the sensitive field through magical-ritual formulations that activate dis-solution operations: (dis)integration, trans-formation, (trans)bordering, con-temporaneity and (re)landing. This series was synthesized in five new videos, edited by Pedro Henrique Risse.

As part of the 2021 stANDing program of School of Reparar, in addition to the public premiere of the videos (May 7 to July 2, every two weeks on Fridays), the Dis-solution Practices will be unfolded in conversation with researcher Sarah Amsler, Associate Professor at the Department of Education, University of Nottingham (UK), and member of the collective Gestures Towards Decolonial Futures, who works on the transdisciplinary crossings between sociology, education, critical and feminist theory, radical pedagogy and social justice, with a special interest in learning within the limits of possible and 'otherwise'. There will be two public sharings of this new phase: July 24th in Bensafrim, Algarve (Orla Eco-Social Regeneration) and July 31st in Lisbon (Penhasco Arte Cooperativa).

Re-mediation Practices

Fernanda Eugenio, Pat Bergantin and Manoela Rangel

The Re-mediation Practices, by Fernanda Eugenio, Manoela Rangel and Pat Bergantin, constitute themselves as a sensitive investigation field of ways of (re)connection between artistic-somatic practices, a politicized spirituality and a spiritualized politics. Since the pandemic began in March 2020, they have activated regular online meetings, in which they set out to accompany each other by 'moving forces', based on the resources and tools of Modus Operandi AND’s Body-Territory Games, in particular the practices of sensory (auto)ethnography, ANDbodiment and Compearance Games.

As a political gesture of reconnecting what dual thinking inscribed as separate, the Re-mediation Practices become practices of embodiment/incorporation of de-scission, (a)firming the connection with other fields and integrating the planes that modern thought crystallized as 'natural' and 'supernatural' - movement that serves as a felt reminder that everything outside is within, and vice versa, in an exercise of radical dis-identification and transitionality of the Self.

It was with this desire to realize and recognize as a process of knowing (again) what we (do not) know - this plane in which spirituality, nature and ancestry form an indivisible whole -, that we anchored our research in the double valence of the re-mediation operation: to re-mediate is to reassemble what was disconnected and it is also to cure and heal. This double meaning appears when we give way to a triple contemporary unfolding to the event: the body that is trespassed/crossed (immediate form), the body that trespasses/crosses (force-affection), and the trespassing/crossing body (form-force-channel). In a state of trespassing-trespassed-trespasser, or crossing-crossed-crosser, the eventual points that seemed to be disconnected can reconnect and the healing of re-mediation, until now, has manifested itself in also three modulations: healing through cutting, healing through the antidote, and healing through the gift.

Researching, in our bodies-territories, the spectrum of vibrational frequencies that crosses and constitutes us, we have been interrogating through experience the possibility of attuning to the co-participative multidimensionality of Life, of giving way to its manifestation, and of being there for it, with an active capacity to feel it, honor it and recognize it.

After more than a year of intimate and unpretentious research on these issues, we made room in the 2021 stANDing program of School of Reparar to share the three means that go through the Re-mediation Practices: means of liberation - locating and unlocking access keys to build the trespasser-crosser body; channeling means - exercising oneself as a transpersonal channel and constituting a field for the manifestation of the issue to be cur(at)ed; and means of service - unblocking possible cures and providing paths for gestures of reparation that, through the implementation in the smallest, may, perhaps, gradually reverberate more widely.

There will be two public presentations of this uninterrupted research process, both online.

Agenda


  • 2 horas

    Práticas de Dis-solução | Ações Psicossomágicas para as Dez posições ante o Irreparável

    Plataforma 'Comunidade-Acervo'

  • 2 horas

    Práticas de Dis-solução | Ações Psicossomágicas para as Dez posições ante o Irreparável

    Plataforma 'Comunidade-Acervo'
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