Resultados de busca
90 resultados encontrados com uma busca vazia
- Praticas-AND-Collective
Programas Colaborativos | AND Lab Next COMO? (Fazer Comum) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Práticas do Coletivo AND Foto: Amanda Morais Fernanda Eugenio & Coletivo AND Estas práticas podem integrar eventualmente a Programação do nosso Espaço, e algumas estão também abertas no nosso Calendário para pedidos de agendamento de sessões experimentais online. PRÁTICAS DE CUIDADO Fernanda Eugenio, Iacã Macerata, Ruan Rocha & colaborações de Mariana Ferreira As Práticas de Cuidado consistem na investigação vivencial das aplicações do MO_AND na Clínica com a Subjetividade e, reciprocamente, na explicitação da dimensão de cuidado e do sentido clínico inerentes ao exercício do MO_AND. Desdobram-se a partir do interesse em investigar os efeitos de cuidado e de produção de subjetividade presentes nas práticas do MO AND, experimentando a potencial modulação da materialidade dos funcionamentos subjetivos, bem como performando uma abordagem sensível e situada da subjetividade enquanto corporeidade. Posicionando-se na injunção entre a etnografia, a arte, os estudos da subjetividade, a psicologia, a saúde coletiva e a clínica psicanalítica, o MO_AND constitui-se como recurso conceitual e metodológico para a produção do cuidado. A partir da reciprocidade entre MO_AND e práticas de cuidado, buscamos conceber, formular e propor dispositivos de operação e produção coletiva do cuidado. A possibilidade do uso clínico transversal das ferramentas do MO_AND forja uma noção de cuidado que faz desviar a noção de cura da sua habitual função de restabelecimento da ordem, ao ser capaz de (re)performar, a cada vez, a sintonização entre o si e o seu entorno, entre o próprio e o outro, entre o singular e o comum, entre o individual e o coletivo, entre o íntimo e o político. Além disso, desloca as práticas de cuidado da ação técnica do especialista - do saber formal anterior à relação, re-situando-as como ética implicada do e no comum, ou seja, como uma modulação das políticas de convivência. Tal noção de cuidado portanto engloba e inocula a cura como prática de curadoria, colocando em um mesmo plano de reciprocidade o contínuo e sempre situado manuseamento das formas coletivas do acontecimento e das forças infinitesimais do desejo. Trata-se de uma rede de agenciamentos que (se) faz (n)um espaço relacional ou território de relação, constituído por três planos mutuamente implicados: o entre-si, uma relação de si para si, em cada vivente envolvide; o entre-nós, uma relação entre nós, viventes envolvides; e o entre-muites, uma relação entre viventes e artefatos, paisagens, elementos inumanos. Tradicionalmente usadas para produzir sentido-significado, as práticas de cuidado são aqui re-generadas para produzir um sentido-direção de criação e de co-implicação, entre o cuidado de si e o cuidado do entorno geográfico, social e político. Na medida em que emergem como uma modulação do viver juntes, (re)performam de modo co-emergente o si e o entorno, concretizando-se enquanto política de reciprocidade na relação com o acontecimento: descentram a narrativa do sujeito que explica ou é explicado, permitindo uma transferência de protagonismo para o acontecimento. As Práticas de Cuidado, portanto, reposicionam o sujeito desde o plano do explicável para o plano do inexplicável, logo para o plano da implicação. No âmbito do AND Lab, as Práticas de Cuidado são pesquisadas de diversas formas, subdividindo-se entre práticas regulares e duracionais com membres e praticantes assídues do MO_AND, e aquelas pesquisadas com participantes de atividades e proposições do AND Lab ao longo do ano. Actualmente estão em curso em 6 zonas de atuação: 1. Inter-reparagem (entre membres do AND Cuidado) Reuniões-pesquisa entre membres do AND Cuidado que se dedicam a inventariar os efeitos analíticos e de reposicionamento subjetivo emergentes das práticas de cuidado com o MO_AND. Constitui-se numa rede alargada de suporte e testemunho, que cuida do cuidar, acompanha o acompanhar, assiste o assistir, frequentando afetos vividos longitudinalmente às atividades, oficinas, reuniões, cursos e workshops do AND Lab. Nesses encontros pesquisamos também a explicitação de um plano transversal, colocando em relevo as implicações e co-incidências entre o AND Cuidado e a constelação AND Lab, frequentando questões, possíveis formulações e proposições-intervenções in situ . 2. Inter-reparagem (com a Direção do AND_Lab) Trata-se de uma pesquisa-proposição-intervenção junto à Direção do AND Lab em cujos encontros exercitamos coletivamente o Reparar (n)as múltiplas modulações entre o AND Lab, seus membros e membras, e as atividades que desenvolvem, frequentando temas informantes da sustentabilidade, planejamentos e sensibilidades estratégicas, e cuidados reparadores. 3. Encontros do Coletivo AND Quinzenalmente pesquisamos os efeitos e intervenções de curadoria in situ no âmbito do Coletivo AND, acompanhando processos que envolvem os núcleos do AND Lab no Brasil e membres assídues do AND Lab. 4. Jogo-Escuta Individual O Jogo-escuta individual é uma prática de pesquisa e tem se constituído simultaneamente como dispositivo de cuidado que adota o Modo Operativo AND como modulador da escuta, a partir do desdobramento de uma experiência de jogo. É voltado para praticantes regulares ou esporádicos do MO_AND, desde que tenham tido contato prévio com a metodologia. O Jogo-escuta se inspira na metodologia da entrevista cartográfica de modo a co-produzir em ato uma experiência sensível com base numa vivência de jogo. Adota o Reparar (n)a vivência, explorando o Quê, Como, Quando-Onde do vivido. O Jogo-escuta consiste num jogo de posição-com a matéria subjetiva mobilizada em jogo. Pode ser iniciado a qualquer momento por qualquer praticante do MO_AND. 5. Jogo-Conversa O Jogo-Conversa se trata de um dispositivo de investigação vivencial que adota o Modo Operativo AND como modulador da Conversa, fazendo da mesma o plano de jogo. Resulta do desdobramento do plano do tabuleiro para o plano da conversa, sendo o seu limite não mais traçado fisicamente por uma fita, mas sentido pela tangibilidade da fala e da escuta. O Jogo-Conversa visa à pesquisa frequentada das diversas modulações do falar e do escutar, e como elas concorrem em ato na constituição da conversa como plano do viver juntes. No Jogo-Conversa, a fala se performa como tomada de posição, e o escutar, como Reparar, fazendo da conversa o plano do versar-com, o plano comum . Como prática de pesquisa, inscreve-se como dispositivo de cuidado em grupo e pode ser praticado junto das proposições do AND Lab, em cursos, oficinas, workshops e laboratórios. 6. Pesquisa interinstitucional com a Universidade Federal Fluminense – Rio de Ostras / Brasil Pesquisa realizada entre o AND-Lab e o Departamento de Psicologia do Instituto de Humanidades e Saúde da Universidade Federal Fluminense, intitulada “A dimensão de cuidado do MO_AND: contribuições para uma clínica de território”, onde se investiga a experiência da prática do MO_AND a partir da abordagem enativa de Francisco Varela. A pesquisa busca validar a prática de jogo do MO_AND como prática de transformação, produtora de cuidado e de formação para o cuidado, circunscrevendo a relação entre o Modo Operativo e a experiência subjetiva. A dimensão de cuidado do MO_AND - II Bienal Jogo e Educação 2020 MO_AND como Jogo de Competência Ética Práticas de Re-mediação Fernanda Eugenio, Manoela Rangel e Pat Bergantin Constituem-se enquanto campo de investigação sensível de vias de (re)conexão entre práticas artístico-somáticas, uma espiritualidade politizada e uma política espiritualizada. Enquanto gesto político de reconectar o que o pensamento dual inscreveu como separado, as Práticas de Re-mediação fazem-se práticas de en/incorporação da des-cisão , (a)firmando a ligação com outros campos e integrando os planos que o pensamento moderno cristalizou como 'natural' e 'sobrenatural'. Isto será o mesmo que lembrar sensivelmente que tudo que está fora está dentro, e vice-versa, num exercício de des-identificação radical e de transicionalidade do Eu. Partindo dos recursos e ferramentas que compõem os jogos com o corpo-território do Modo Operativo AND, em especial das práticas de (auto)etnografia sensorial, ANDbodiment e Jogos de Comparência, as artistas propuseram-se a acompanhar-se reciprocamente 'movendo forças', de modo a investigar mais de perto manifestações da ordem do etéreo que vinham se tornando frequentes sempre que tais jogos eram ativados em workshops e labs do MO_AND. Com o desejo de re-conhecer (conhecer de novo) o que (não) sabemos - este plano em que espiritualidade, natureza e ancestralidade formam um todo indiviso -, a pesquisa se ancorou na dupla valência da operação da re-mediação: re-mediar é voltar a juntar o que estava desligado e é, também, curar, dar jeito e/ou remédio . Esse duplo sentido comparece quando damos passagem a três desdobramentos contemporâneos ao acontecimento: o corpo que é atravessado (forma-imediata), o corpo que atravessa (força-afeto), e o corpo travessia (forma-força-canal). Em estado de travessia-atravessamento-atravessade, os eventuais pontos que pareciam estar desconectados podem se re-ligar e a cura da re-mediação, até então, tem se manifestado em também três modulações: a cura através do corte , a cura através do antídoto , e a cura através da dádiva . Propondo pesquisar, em nossos próprios corpos-territórios, o espectro das frequências vibracionais que nos atravessa e constitui, as Práticas de Re-mediação interrogam, através da vivência, a possibilidade de sintonizarmos com a multidimensionalidade co-participativa da Vida, de dar passagem à sua manifestação, e de estarmos lá para ela, com uma capacidade ativa de senti-la, honrá-la e reconhecê-la. As práticas são partilhadas, em sessões individuais ou coletivas, através da ativação de um circuito que vai das 'águas da terra' - o Lago, o Mar e o Rio - às 'águas do céu' - as Chuvas, convidando as pessoas participantes a experimentarem operar micro-gestos de re-mediação em seus próprios campos energéticos. Três meios percorrem os exercícios: os meios de liberação - localizando e desbloqueando chaves de acesso para construir o corpo de travessia; os meios de canalização - exercitando-se enquanto canal transpessoal e constituindo campo para a aparição da questão a ser curada; e os meios de serviço - desobstruindo curas possíveis e disponibilizando caminhos para gestos de reparação que, através da concretização no ínfimo, possam, quem sabe, aos poucos reverberar mais vastamente. Ancorar Flora Mariah Ancorar é uma prática de pesquisa do corpo focada em investigar mais especificamente a pelve, que vem sendo desenvolvida por Flora Mariah como um desdobramento do projeto RABA POWER, numa tentativa de organizar e aprofundar todo material levantado desde 2018. Nossas ancas carregam camadas e mais camadas de história, nossa e de nossos ancestrais que são passadas de geração em geração. É uma zona do corpo historicamente marginalizada, o que faz com que partilhemos encarnações de violências e silenciamentos. A aposta desta pesquisa é que, através de um trabalho focado na pelve, podemos acessar memórias, liberar tensões e traumas e nos reconectar com aquilo que nos dá suporte tanto mecânico, quanto emocional. Trabalhar nossa base e entender sua conexão estrutural com o corpo como um todo nos garante o suporte necessário para apoiar nossas escolhas, nossas direções e nossos desejos na vida. Mergulhar nesse mar e mover essas águas tão profundas é um movimento de resgate de si mesmo, mas não só, é também parte de um processo coletivo de cura e descolonização de nossas corpas. Um mergulho que exige coragem para tocar naquilo que dói, naquilo que nos foi escondido, ou silenciado, que não conhecemos e tememos, naquilo que não podemos controlar, e tampouco nomear. Mas é também com coragem que entendemos que no mesmo lugar onde encontramos nossa dor, encontramos também nossa força, pois é dentro da própria ferida que achamos a sabedoria para curá-la. Portanto, as práticas do ANCORAR são um convite a abrir novos espaços, ancorar potências e liberar tensões desnecessárias, resgatando o prazer em habitar nosso próprio corpo. Foto/Photo: Biel Basile Corpo Antena Pat Bergantin Corpo Antena é uma prática corporal que aborda o corpo enquanto um dispositivo de conexão, que tem a potência de captar, transmitir, transduzir, modular e sintonizar. Atuando no campo das micropercepções, aguça os sentidos para o que move (em) nosso corpo aqui-agora, reativando circuitos que antes pareciam bloqueados ou apagados. Descolar para deslocar. Frequentar frequências. Mover e ser movida com aquilo que está pedindo passagem, acolhendo a vibratilidade visível, invisível e imprevisível daquilo que nos move. Para ser canal, meio, mídia é preciso sintonizar a percepção de corpo-campo, reconhecendo que não existe atravessar sem ser atravessada e que essa travessia é um jogo de forças. A continuidade da prática encaminha para uma integração tanto de aspectos físicos, mentais e emocionais, quanto sociais, ancestrais e espirituais, e é indicada a qualquer pessoa que se interesse pela proposta, independente de sua experiência com dança. Foto/Photo: Amanda Morais Corpo Multidimensional Guto Macedo A proposta do Corpo Multidimensional é criar corpo no entrecruzamento do visível e do invisível, do dentro e do fora, do que toca e é tocado no soma (corpo de si), transpondo limites entre o perceptível e o imperceptível. Nessa abertura perceptiva, cada ume com suas próprias multi-imagens de corpo, tece devires, onde o tempo cruza o espaço, o passado ressoa no presente e novos esquemas somáticos emergem. Dança Microscopicopolítica Milene Duenha Partindo da premissa de que as transformações na dimensão coletiva se referem a uma lógica recíproca de transformações que se dão nos corpos que a compõe, essa prática de ativação microscópica se volta ao cultivo das potencialidades sensíveis do corpo. A partir reconhecimento de que não sabemos tudo o que pode um corpo e pela provocação de uma modulação da atenção às vibrações de existências microscópicas, busca-se o refinamento perceptivo para as emergências, como potência de vida, que se dão nas inter-ferências entre os corpos do ambiente. Essa prática é operada por uma ética das relações que envolve um redimensionamento da atenção para as velocidades e intensidades do menor e seus aspectos de ingovernabilidade. Foto/Photo: Amanda Morais Práticas de Ajuntamento Mariana Pimentel Práticas de Ajuntamento experimenta as poéticas do aglutinar-se. Ativa práticas de reciprocidade através da presença meditativa, de pequenas danças e do fluxo livre de movimento entre umes e outres. Reúne vivências que convocam o corpo coletivo e expressão de sua presença nos diversos espaços e camadas que compõem a corporalidade. Práticas de Sintonização e Inventário Naiá Delion As Práticas de Sintonização tomam como ponto de partida a relação entre corpo e gravidade e propõem dedicar tempo para o mapeamento dos apoios do corpo no chão, dos apoios no ar ou em outro corpo, em pausa ou em movimento. Trata-se de acessar tecidos ósseos, musculares, elásticos e pele para investigar a fractalidade e a multidirecionalidade do movimento, dispondo o corpo para relacionar-se com o imponderável. As Práticas do Inventário tomam como ponto de partida algo que foi vivido. O mapeamento dessa experiência vai se afinando de fora para dentro até poder novamente incluir a relação do corpo com o campo gravitacional. Através do convite a este inventário singularizado, a proposta é que se possa abrir espaço para uma apropriação das vivências que permita disponibilizá-las como ferramentas para a investigação de cada ume. Práticas de Tra[d]ição Manoela Rangel Trair - A que sabe suspender o que sei sobre como me movo que caminhos percorro quem penso que sou ato voluntário de abrir fenda no tempo - Eu me desterritorio me desconheço sou movimento que toma formas cambiantes nômades - o que me move talvez seja um falso enigma - interessa o estado continuado de não saber a respeito do que sei de mim acompanhando o que deste sistema a que chamo Eu vai sendo feito - trair me e criar nova tradição trair me é criar outra tradição o que me move enquanto Eu descanso circuitos do sistema nervoso da rede de fáscias ser movida não mover >> o que se move através de mim e comigo quando algo em mim / me move - diminui o volume do que conheço de eu-agente >> aumenta o volume de agentes-outras [múltiplos de/em mim?] diminui o volume do desejo-objeto aumenta o volume da disponibilidade-desejo e assim des canso. QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close VER AULAS E OCUPAÇÕES DO ESPAÇO AND LAB Close VER A BANCA DE ARTEFATOS PUBLICADOS Close Eventos atuais e/ou anteriores relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA
- Sobre o AND Lab & o Modo Operativo AND
QUÊ? [O AND Lab] Sobre o AND Lab Espaço & Equipa Contacto O AND Lab & O MODO OPERATIVO AND [MO_AND] SOBRE O AND O AND Lab | Centro de Investigação em Arte-Pensamento & Políticas da Convivência é uma plataforma de pesquisa praticada que se dedica ao desdobramento contínuo, à transmissão e partilha e à aplicação do Modo Operativo AND (MO_AND). O MO_AND é uma metodologia para a investigação ético-estética, somático-política e experiencial da relação e da reciprocidade, assente no compromisso radical em 'reparar (n)o Irreparável", criada pela antropóloga e artista Fernanda Eugenio De aplicabilidade transversal às mais diversas áreas – do manejo quotidiano do viver-juntes à criação colaborativa; das práticas artísticas às práticas de cuidado; do trabalho de (re)mediação ao trabalho de intervenção; dos processos de tomada de des-cisão às iniciativas experimentais de reconexão sensível com a terra; do cartografar-curar do soma e dos afetos individuais às lutas íntimas e coletivas por trans-forma-ação, decolonização e justeza social –, o MO_AND pode sintetizar-se num triplo procedimento: Re-parar , fazer a Reparagem e sustentar a Reparação . O compromisso de praticar os conceitos – tornando-os em ferramentas e devolvendo-os ao uso de uma forma muito direta e no terreno – é o que imprime ao MO_AND o seu caráter ao mesmo tempo singular e amplo. As atividades do AND Lab se desdobram em três diferentes eixos: a investigação-criação, a transmissão-partilha e o acompanhamento-cuidado . A dimensão de investigação-criação abriga as diretrizes AND Território, AND Soma e AND Cuidado , além de acolher diferentes projetos colaborativos e o trabalho de incessante (re)invenção conceitual e de criação de artefatos e interfaces variadas para a (a)presentação do MO_AND (publicações, performances e eventos como exposições, ocupações ou ciclos temáticos). Este plano mobiliza colaboradores e investigadores associades e, sendo também aberto a investigadores visitantes, pesquisadores do MO_AND ou criadores/pesquisadores, provenientes de qualquer área, comprometides com a questão do Comum. As zonas da transmissão-partilha e de acompanhamento-cuidado envolvem as Oficinas Modo Operativo AND, as oficinas Práticas Colaborativas, o Programa de Residências Assistidas , com aplicações abertas em permanência, a oferta regular de sessões e práticas por marcação e, enquanto ação duracional, a Escola do Reparar . Esta última, constitui-se enquanto programa continuado de formação artístico-política e cuidado-curadoria , com edições temáticas anuais, que abrange várias atividades regulares de formação abertas à participação de qualquer pessoa, além de oferecer diversas interfaces para a prática contínua e a troca de procedimentos, e de disponibilizar diferentes possibilidades de relação singularizada e coletiva com o MO_AND. O Modo Operativo AND [MO_AND] Next Diretrizes do AND Lab Next Historial & Trajetória Next O Espaço AND Lab Next O conectivo E (AND), que dá nome ao centro de investigação e ao modo operativo com o qual trabalhamos, sintetiza uma abordagem artesanal que não se baseia nem no saber (a lógica do É) nem no achar (a lógica do OU), mas no sabor e no encontrar (a lógica do E). Funcionando como lugar comum para a convergência entre as artes, o pensamento crítico, as práticas político-afetivas encarnadas, as pedagogias radicais, os modos de existência-habitação e os modos de criação e (des)aprendizagem, o AND Lab opera no encontro entre as duas inquietações transversais – como viver juntes? e como não ter uma ideia? – que resumem a filosofia habitada do Modo Operativo AND, e que se desdobram em tantas outras indagações moto ras, ante o Irreparável da ferida colonial: como viver sós? como morrer juntes? como matar o sistema em nós, sem morrer? como re-membrar-se, sintonizando com a inseparabilidade ao nível da experiência sensível? Com sede em Lisboa (Portugal) e núcleos locais em Madrid (Espanha), em Berlim (Alemanha) e em Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Palmas (Brasil), o AND Lab oferece uma programação multiforme e geograficamente distribuída – predominantemente entre Europa e América do Sul, habitando sobretudo o eixo Brasil-Portugal. Equipa AND Lab Next Parcerias & Apoios Next
- Inês Alves | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Inês Alves Documentação Audiovisual Inês está interessada nas formas colaborativas de vida e criação, nas práticas comunitárias, e no desenvolvimento da atenção, do olhar, da escuta e do sentir. Confia no potencial criativo e transformador do Encontro, e no contacto com o saber intuitivo. A partir do seu trabalho, procura honrar a beleza cotidiana e a dádiva da coexistência. Tem um mestrado em Narrativas Culturais, pela Universidade Nova de Lisboa, Universidade de Santiago de Compostela e Universidade de Bergamo; e um mestrado em Cinema Documental pela Universidade das Artes de Londres - Bolseira da F. C. Gulbenkian. É realizadora de diversas curtas-metragens documentais e experimentais. A sua primeira longa-metragem documental Águas do Pastaza , produzida pela OUBLAUM Filmes, estreou na Berlinale – Festival de Cinema de Berlim em 2022. Tem experiência no desenvolvimento de oficinas de cinema em diversos contextos, tendo colaborado com a associação Os Filhos de Lumière, Videoteca de Lisboa, Cineclube de Viseu, etc. Desde 2015 co-organiza o MOVIMENTO, uma residência colaborativa de cinema, em diversas zonas do país. Filmou e editou vídeos para diversas instituições culturais e artísticas. Desde 2022 colabora com o AND LAB, no registo audiovisual. < Anterior Próxima >
- Exposicoes-Ocupacoes
Programas de Artefatos | AND Lab Next COMO? (Artefatos ) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Exposições-Ocupações Fernanda Eugenio Desde 2019 III Exposição-Ocupação AND Ninho e Bando Fernanda Eugenio & Coletivo AND + convidades 20 a 22 de setembro sexta 19 às 22h | sábado e domingo, 16 às 22h espaço alkantara | entrada livre Instalações: Ninho | videoperformances + proposições participativas Bando | performance duracional Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis | objetos têxteis inspirados na série em vídeo homónima do AND Lab e no Modo Operativo AND) Lançamento: hANDbook (tradução para o inglês da Caixa Livro AND) +mostra de objetos gráficos do AND Lab e conversa Performances: Terceiro Corpo É um tipo de magia PROGRAMA 20 SET, sexta Exposição-Ocupação aberta à visitação das 19h às 22h 19h às 20h lançamento: hANDbook, tradução para o inglês da Caixa-Livro AND tradutores: Ana Dinger e José Roseira Edição: Fada Inflada 20h30 às 21h30 conversa: Modo Operativo AND, entre a investigação artística e as práticas de cuidado-curadoria de outros mundos possíveis com Ana Dinger, Fernanda Eugenio, Carlos Oliveira, Liliana Coutinho e Sílvia Pinto Coelho 21 SET, sábado Exposição-Ocupação aberta à visitação das 16h às 22h 16h às 16h45 Visita-guiada às instalações Ninho & Bando com Fernanda Eugenio (com tradução em LGP) 17h às 21h ativação duracional da instalação humana Bando com Fernanda Eugenio (direção, criação e performance), Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Nadiana Carvalho (co-criação e performance); Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro (paisagem sonora ao vivo) 21h30 às 22h Terceiro Corpo (excerto), performance de/com Mariana Pimentel 22 SET, domingo Exposição-Ocupação aberta à visitação das 16h às 22h 16h às 16h45 Visita-guiada à instalação têxtil Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis com es criadores, estudantes recém-formades da Escola Artística António Arroio (com tradução em LGP) 17h às 21h ativação duracional da instalação humana Bando com Fernanda Eugenio, Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Nadiana Carvalho (co-criação e performance); Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro (paisagem sonora ao vivo) 21h30 às 22h É um tipo de magia (excerto de O que já cá está), performance de/com Bernardo Chatillon APRESENTAÇÃO A Exposição-Ocupação AND traz a público uma paisagem instalativa-participativa multimodal, composta por objetos emergentes dos últimos dois anos de investigação continuada de Fernanda Eugenio & Coletivo AND no âmbito da Escola do Reparar , programa de pesquisa-criação e formação artístico-política do AND Lab. O AND Lab é uma plataforma artística multi/indisciplinada que atua no eixo Portugal/Brasil, com base em Lisboa desde 2011 e núcleos em diversos países. Dedica-se a investigar outras possíveis ecologias de coexistência-convivência a partir do re-conhecimento das bases irreparáveis do mundo-tal-como-o-conhecemos, do exercício da responsabilidade-cuidado, e da interrogação sobre a contribuição das artes para políticas de reparação e modos de vida mais recíprocos e justos. As práticas são alicerçadas pelo Modo Operativo AND , metodologia de composição ético-estética-somático-política para reparar (n)o Irreparável . Entre 2023 e 2024, a pesquisa dedicou-se a duas modulações do trabalho íntimo-coletivo da reparação: a re-membração ( rememoração da experiência sensível da inseparabilidade e re-membramento de realidades vitais) e a restauração ( rest : descanso profundo, entrega e rendição; e re-story-action : auto-reparação de ilusões biográficas enquanto investimento microscópico e situado na reparação histórica). Empenhada na criação de experiências-antídoto para os atuais afetos pervasivos-invasivos de desamparo e desencanto manifestos no esgotamento e no embotamento das sensibilidades contemporâneas, a pesquisa Rituais de Amparo & Encanto conduziu à experimentação de e com os estados de re-pouso e ninho , por um lado, e de re-voo e bando , por outro, procurando vias para desaprender mecanismos sistémicos arraigados e reconectar com sabedorias encarnadas. Convidamos a adentrar esta paisagem de questões a partir das instalações NINHO , que reúne videoperformances e proposições de artistas do Coletivo AND baseades no Brasil; BANDO , que ativa duracionalmente a prática-jogo ANDbodiment com membres do Coletivo AND residentes em Portugal e artistas convidades; e Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis, que apresenta objetos têxteis criados por estudantes da Escola Artística António Arroio inspirades na série em vídeo homónima do AND Lab. A exposição inclui ainda o lançamento do hANDbook , tradução para o inglês da Caixa-Livro AND, acompanhado por uma mostra de objetos gráficos do AND Lab e conversa com interlocutores convidades, e as performances Terceiro Corpo e É um tipo de magia , ambas criadas em relação com a ética e as práticas do Modo Operativo AND. Fernanda Eugenio, setembro de 2024 AS PROPOSTAS Ninho Instalação video+materiais. 12 videoperformances, distribuídas em 6 dípticos, aos quais correspondem 6 proposições participativas que o público é convidade a experimentar/ativar in situ direção artística: Fernanda Eugenio co-criação e performance des integrantes do Coletivo AND Guto Macedo, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Milene Duenha, Pat Bergantin e Naiá Delion Durante o ano de 2023, seis artistas do Coletivo AND baseades no Brasil receberam uma bolsa de criação para pesquisar, na matéria de suas próprias vidas e práticas, a relação-tensão desamparo/amparo e a habitação prolongada do estado de re-pouso e ninho. A partir de uma auto-proposição emergente, desdobraram uma via (re)encantada para passar ao estado de re-voo e bando. A documentação dessas ações experimentais serviu de base à criação de um díptico em vídeo que sintetiza o processo vivido. Cada díptico é acompanhado de uma proposta que convida o público a experimentar/ativar in situ as ações de cada artista. Dípticos + Proposições: Arvorar-se Guto Macedo Vídeo 1: 5'26" Vídeo 2: 1'13" Concepção e performance: Guto MacedoCaptação de imagens e edição de vídeo: Gabi JungPaisagem sonora: Gabi Jung Gravação áudio: Heleno Hauer Do-posicionar sabedoria antiga, educação somática e recentes descobertas científicas de nosso tempo, fez emergir o programa meditativo/performativo ninho/bando “ARVORAR-SE” Abóbada celeste, copa de árvore, abraço vegetal na biosfera, reluzindo um ninho cósmico. Vejo vários espécimes a respirar, pulsar e transmutar os elementos terra, água, fogo, ar e éter em matéria e energia vital. Aproximo-me em consciência de simples presença sensorial. Percebo um mosaico de cores, sons, texturas e cheiros. Sinto-me abraçado e abraço. Recebo galhos e seiva oleosa nos poros da minha pele e meu corpo se expande. Minhas pernas e pés buscam a terra, meus braços e mãos o ar. Meu coração encandeia, meu peito se abre pulsando o fogo universal. Dentro de mim evolui o espaço, o oco de mim. Arvoro-me! A árvore evolui o espaço! Giro em torno de meu eixo e meus tentáculos moventes ancoram meu ser. Sinto leveza e em espírito re-voo! Corpo-abrigo|Corpo-tentáculo Naiá Delion Vídeo 1: 6'15" Vídeo 2: 8'20" Concepção e performance: Naiá Delion Captação de Imagens e Montagem: Alexandre Lima Erguer paredes de pele com o chão, abrigar-se dentro delas. Empurrando a pele para fora, fazer tentáculos de atravessar paredes. Corpo-abrigo|corpo-tentáculo convoca, através de proposições a serem sorteadas, uma experiência de passagem de um estado de permanência e aconchego a um estado de fluxo e prontidão. Permanecer e depois ir. Em bando. De coração lavado Mariana Pimentel Vídeo 1: 8' Criação e performance: Mariana Pimentel Colaboração artística: Milene Duenha e Letícia Sekito Direção, montagem e trilha sonora: Fabiano Araruna Direção de fotografia e captação de imagens: Júlio Martins Video 2: 10'29" Concepção e performance: Mariana Pimentel Direção, captação de imagens e trilha sonora: Marcelo Sena Montagem e edição de vídeo: Filipe Marcena Figurino: Natália Borges/Urd Atelier Agradecimentos: Cia. Etc, Iara Campos, Mauro Fernandes e Rapha Santacruz Roçar, despedaçar, dilacerar, lavar. É tempo de trocar de pele. Por meio da insistência gestual, a ação transforma-se em descoberta e ritual. Em terra roxo-avermelhada, não há pressa. O corpo quer abrir uma fissura e suspender o tempo para dar passagem para as dores ampararem-se. Ficar com o coração na mão. Deixar o coração sair pela boca. Carne estraçalhada. Sangue pisado. Quase-vida na quase-morte. As ruas vazias estão cheias. A expansão é tanta que o corpo suspende, pára, paralisa. Como num sonho, corre sem sair do lugar na tentativa de suspender a aceleração da vida para re-encantar os desejos no portal do carnaval. De-vir Milene Duenha Vídeo 1: 4'26" Vídeo 2: 5'26" Concepção e performance: Milene Duenha Edição de vídeo: Luques Oliveira Paisagem sonora: Cleber Pimenta Captação de Imagens: Cezar Bueno, Cleber Pimenta e Milene Duenha Fazer ninho com os avessos que nos fazem corpo. Encorajar nas dores e no pulsar do mundo. Firmar na alegria das coisas. Ninar-se no movimento da inclinação axial da Terra. Buscar impulsos e planagens, pulso de vida e horizontes. De-vir. Essa proposição é resultante de experimentações, em um recorte de vida, dos encantos-ninhos que o mundo e o corpo podem ser. As gravações foram realizadas em duas ilhas na região sul do Brasil, lugar onde se encontrou ouro pela primeira vez. Do lago, rio Pat Bergantin Vídeo 1: 4'30" Vídeo 2: 2' Concepção e performance: Pat Bergantin Captação: Biel BasileMontagem: Pat Bergantin Estes vídeos foram criados durante o processo de gestação e puerpério da artista, coincidindo com a pesquisa de Amparo e Encanto no âmbito do AND Lab. Através do corpo-água; líquido amniótico e leite, casa e nutrição, foram experimentados modos de amparar-se ao ser amparo de outra vida e de encantar-se pela magia dos fluidos, desde os afluentes do peito até o vulcão que dá passagem ao fluxo. Gravitar Manoela Rangel Video 1: 8' Video 2: 5' Concepção e performance: Manoela Rangel Captação e montagem: Zé Paiva Repousar enquanto se voa. Voar enquanto se repousa. É uma conversa gravitacional. A gravidade é quem sabe. Durante a licenciatura em Teatro, incomodava-me a orientação psicologizante dos métodos de interpretação. Busquei então o Circo. Foi na prática dos aéreos que encontrei o repouso da mente, enquanto o corpo tomava decisões radicais. E quando a mente atravessava (e atrapalhava) o trilho do movimento, aprendi a perguntar para a gravidade qual era o caminho mais justo a seguir. Dar passagem para a revoada tomar corpo, ser revoada enquanto suspensa, ser cuidada enquanto levada. Despistar a ilusão do tempo, lá no encontro encantado em/com a suspensão. Bando Instalação humana. Performance duracional e paisagem sonora, recriadas ao vivo a cada vez, que o público é convidade a experimentar enquanto testemunha e/ou participante direção artística: Fernanda Eugenio co-criação e performance des integrantes do Coletivo AND Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Fernanda Eugenio, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel e da artista residente (abr-set 2024) Nadiana Carvalho paisagem sonora original: Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro Ao longo de 2024, Fernanda Eugenio e um conjunto de artistas do Coletivo AND residente em Portugal dedicaram-se a pesquisar a operacionalidade do amparo e do encanto a partir da prática de ANDbodiment, uma das modalidades de jogo do Modo Operativo AND. Esta prática é composta por duas posições na relação: o corpo-território , que exercita o re-pouso, o deixar-se amparar e o testemunho de um processo interno de decomposição sensorial, e o cuidado-curadoria , que se coloca ao serviço do re-voo e de facilitar a manifestação do encanto, cuidando da passagem entre o invisível e o visível. Experimenta-se dar corpo transitório - matérico e imagético - às forças (in)visíveis, porém sensíveis, que (re)compõem e/ou atravessam cada Soma dentro do jogo (e à potência de Bando intra e entre-Somas). Isto é feito a partir do exercício ético do cuidado ao nível da sensopercepção, e da prática de inseparar pessoas dos rastos e restos irreparáveis que as sociedades-naturezas humanas têm deixado no mundo. Em trânsito, ocorre a comparência efémera de seres (extra)ordinários, dando acesso fugaz à multidimensionalidade do real. Enquanto performance duracional, esta versão de ANDbodiment assume-se como instalação feita do encontro (ao) vivo entre humanes e tralhas - a coleção de Irreparáveis do AND Lab - e inclui ainda outras duas posições em jogo dedicadas ao cuidado da sustentação e da trans-forma-ação do campo energético comum: uma, atuante no manuseamento e re-orientação das matérias residuais de cada ciclo do jogo, e a outra na composição-em-ato de uma paisagem sonora envolvente. O público é livre de testemunhar este processo ininterrupto e espiralado e/ou de tomar parte, ocupando uma das posições em jogo. Modus Operandi AND | The hANDbook Lançamento da tradução para o inglês da Caixa-Livro AND + mostra de objetos gráficos do AND Lab e conversa com Fernanda Eugenio, Ana Dinger, Sílvia Pinto Coelho, Liliana Coutinho e Carlos Oliveira Textos, Diagramas, Ferramentas-Conceito e Proposições-Jogo: Fernanda Eugenio ou outres colaboradores creditades Desenho Editorial: Ana Dinger, Fernanda Eugenio, Fada inflada Coordenação Editorial: Ana Dinger Design Gráfico: Fada inflada Tradução e Revisão: Ana Dinger e José Roseira Imagens: Acervo AND Lab ou outres colaboradores creditades Realização e Publicação: AND Lab e Fada inflada Impressão: Maiadouro Apoio: República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis Instalação têxtil inspirada na série homônima do AND Lab, criada em 2021/22 para apresentar o Modo Operativo AND em 3 episódios criação: Andreia Mestre, Assunção Gonçalves, Madalena Carvalheira, Madalena Sousa, Maria Santos, Marta Nunes, Mateus Dias, Matilde Rodrigues, Pedro Rodrigues, Raquel Fonseca, Tatiana Wang, estudantes finalistas 2023/24 em Artes Têxteis da Escola Artística António Arroio orientação: professores Andreia de Sá, Nuno do Carmo e Orenzio Santi; Acompanhamento MO_AND de/com Fernanda Eugenio, no quadro do programa AND Todes Jovens. "O que podem as artes têxteis enquanto ferramentas de re-agregação e reencontro da integridade/unidade, frente aos tempos de fragmentação, indiferença e não-escuta que ocorrem, manifestos na contemporânea proliferação de discursos de ódio?" A partir desta pergunta-provocação, ofertada por Fernanda Eugenio à turma de finalistas em Artes Têxteis 2023/24 da Escola Artística António Arroio, juntamente com sessões de jogo do Modo Operativo AND e acesso à série em vídeo Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis, criada pelo AND Lab em 2021/22, cada estudante escolheu uma faceta social/política irreparável do mundo contemporáneo para abordar na criação do seu trabalho de conclusão de curso. O resultado é uma instalação composta por 11 objetos têxteis, cuja criação foi orientada pelos professores Andreia de Sá, Nuno do Carmo e Orenzio Santi. Terceiro Corpo performance (excerto) Mariana Pimentel Duração: 30-40 min direção, criação, interpretação e produção: Mariana Pimentel direção e desenho de luz: Karina Figueiredo direção de movimento: Alexandre Américo acompanhamento dramatúrgico: Alexandre Américo e Rita Sousa Mendes trilha sonora original: Tiago Portella Otto figurino: Lucas Koester e Natália Borges /Urd Atelier cenografia: Natália Borges e Mariana Pimentel apoio na pesquisa: Aliã Wamiri Guajajara e Nathan Gomes visualidade: Pedro Vitu grafismo: Maria Antonia Queiroz fotografia: Carol Pires e Raquel Pimentel Estar em trânsito, no entre, no entremeio, na instabilidade. O despir das alegorias como retomada. Ritualizar um reconhecimento, uma revelação. Lidar, mesmo que tardiamente, com a identidade-colagem que me constitui, com a coragem de assumir a mestiçagem violenta da qual sou herdeira, enquanto uma mulher brasileira no terceiro mundo. Inspirando-me na personagem Moema, do clássico da literatura invasora "Caramuru: poema épico do descobrimento da Bahia" (1829), relaciono-me com minhas perguntas ancestrais a partir das perspectivas do corpo-território, da regeneração e do ecofeminismo. Minha avó se chamava Moema, minha mãe se chama Moema e Moema quase foi o meu nome. Moema é considerada como um símbolo de uma mulher heróica, destemida e persistente, por nadar até a morte em direção à caravela do seu amado Diogo Álvares, o Caramuru, enquanto ele partia de volta à Portugal, levando consigo a sua irmã, Paraguaçu. Caramuru manteve relações amorosas com as duas irmãs, elegendo uma delas para casar-se consigo em Portugal. Tal narrativa é abordada como se Moema tivesse nadado até a morte pelo amor não correspondido de Caramuru. Mas…por que não desconstruir a narrativa hegemônica de que Moema morreu afogada por estar em busca de Caramuru, e não pelo fato da sua irmã estar sendo levada por ele para outro continente? Por que não pensar que Moema morreu afogada por estar em busca da sua irmã e não por um amor romântico ao homem branco europeu? É um tipo de magia performance (excerto) Bernardo Chatillon Duração: 30min conceito, coreografia e interpretação: Bernardo Chatillon apoio dramatúrgico: Fernanda Eugenio direção de produção: Cláudia Teixeira difusão: Produção d'Fusão apoio à criação: Fundação GDA residências de criação: Trust Collective, Citemor - Festival Montemor-o-Velho, O Espaço do Tempo Excerto da peça O que já cá está, estreada em 2023. Experimenta com o mecanismo da narrativa a partir da ideia de uma dança pós-texto, para possibilitar o encontro (im)possível do passado com o futuro, do visível com o invisível e do conhecido com o desconhecido. Na atmosfera do momento presente, algo da ordem das forças se vai revelando. Uma espécie de conto, um portal que se abre a partir de uma experiência de pesca. FICHA TÉCNICA GERAL Criação, Curadoria e Direção: Fernanda Eugenio Assistência: Henrique Antão Co-criação e (video)performance (Ninho & Bando): Ana Corrêa, Bernardo Chatillon, Constança Carvalho Homem, Dai, Fernanda Eugenio, Guto Macedo, Henrique Antão, Manoela Rangel, Mariana Pimentel, Milene Duenha, Nadiana Carvalho, Naiá Delion, Pat Bergantin Paisagem sonora (Bando) : Maria Khadidja e Rodrigo Sonoro Criação (Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis) : Andreia Mestre, Assunção Gonçalves, Madalena Carvalheira, Madalena Sousa, Maria Santos, Marta Nunes, Mateus Dias, Matilde Rodrigues, Pedro Rodrigues, Raquel Fonseca, Tatiana Wang, estudantes finalistas 2023/24 em Artes Têxteis da Escola Artística António Arroio Orientação (Manual de Sobrevivência para Tempos Irreparáveis) : Andreia de Sá, Nuno do Carmo e Orenzio Santi (professores); Fernanda Eugenio (acompanhamento) Interlocutores convidades (lançamento hANDbook e conversa) : Ana Dinger, Carlos Oliveira, Liliana Coutinho, Sílvia Pinto Coelho Visitas-guiadas: Fernanda Eugenio e Coletivo AND; estudantes e professores Escola Artística António Arroio Tradução em LGP: Deolinda Grilo Grafismo: Alexandre Eugenio Registo audiovisual: Gabriela Jung (Brasil) e Inês T.Alves (Portugal) Fotografia: Raquel Pimentel Produção e Comunicação: Luís Fernandes Gestão: Rita Maia Residências de Investigação-Criação: Casa Amarela (Guapimirim, Rio de Janeiro); Espaço AND Lab (Lisboa); Trust Collective (Barril de Alva) Acolhimento: espaço alkantara Patrocinador vinho: Casa de Mouraz Agradecimentos: Conservatório de Música de Sintra; Laboratório Apoio: República Portuguesa - Cultura / Direção Geral das Artes; Polo Cultural Gaivotas-Boavista / CML Classificação etária: M/16 anos Acessibilidade: Tradução em LGP disponíveis nas sessões de visitas-guiadas indicadas no programa. Com a excepção da instalação Ninho, o programa é acessível para pessoas com mobilidade condicionada. AVISO: Durante o evento, haverá recolha de imagens para fins de registo, documentação e divulgação do projeto. Um pouco da história das Exposições-Ocupações Tornando acessível aquilo que normalmente está nos bastidores como os meandros da pesquisa artística, a dimensão de montagem e desmontagem de uma exposição , a presença constante dos corpos, agentes humanes e não-humanes que compõem e produzem esse enquadramento espácio-temporal, as exposições-ocupações se propuseram enquanto exploração das modulações do encontro em situação . Agregando um conjunto variado de contribuições, a proposta tinha sobretudo a intenção de permitir uma progressiva habitação do espaço, com restos, rastros e traços dos processos que ali iam sendo vividos, das investigações-criações in situ e das insuspeitas possibilidades de reunião que um ambiente mobilizado, ao mesmo tempo, pela presença constante e pelas portas abertas pode oferecer - eventualmente vindo a se proliferar no entorno geográfico e social envolvente aos espaços de acolhimento. A iniciativa teve início em 2019 , em duas edições (a primeira em abril, no Mira Artes Performativas, Porto; e a segunda em dezembro, no RuadasGaivotas6, Lisboa) . Ambas se deram no âmbito do projeto anual "Do Irreparável: o que pode uma ética de reparação?", com o apoio da República Portuguesa - Direção Geral das Artes . Enquanto jornada encarnada que abraçava as dimensões afetivas, singulares e coletivas, mobilizadas ante a (ir)reparabilidade do mundo, o projeto convidou ao plano das exposições-ocupações um conjunto diverso de (contra)dispositivos relacionais, tais como jogos-conversa, pesquisa-criação aberta, oficinas e performances situadas, tudo com a curadoria de Fernanda Eugenio e Ana Dinger. No âmbito das exposições-ocupação, além de muita prática do MO_AND e da continuada pesquisa in situ do Irreparável, emergiram as vídeo-instalações O que fazem as mãos enquanto fazemos com elas + Gestos (ir)reparáveis (de Andrea Capella em colaboração com Fernanda Eugenio); uma estrutura móvel para o Jogo AND e transporte/exposição do acervo de tralhas (pelo Coletivo Gato Morto); a criação do Metálogo #6 , entre o passado e o futuro (por Ana Dinger); a criação de Cidades de Vapor, edição #Saigão (por Fernanda Eugenio e Gustavo Ciríaco) e a criação de uma série de performances-para-a-câmera das Práticas de Des-imunização (por Fernanda Eugenio e Dani d'Emilia). Uma estação com objetos-síntese da pesquisa do/com o MO_AND foi sendo gestada - e proliferada - de uma exposição para outra, além da Caixa-Livro AND, que teve o seu primeiro lançamento público em Portugal neste contexto. QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close VISITAR A NOSSA 'BANCA DE ARTEFATOS' Go Eventos atuais e/ou anteriores relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA
- Flora Mariah | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Flora Mariah Participante do Coletivo AND Flora Mariah é performer, professora e pesquisadora da dança e do movimento. Licenciada em Dança pela Universidade da Cidade do Rio de Janeiro e formada pelo Curso Técnico de Formação de Bailarino Contemporâneo da Escola Angel Vianna. Em 2014, deu início ao trabalho no Complexo da Maré (Rio de Janeiro), com uma oficina de dança e conscientização do movimento. A experiência da oficina originou a formação de um grupo de jovens, dançarinos do passinho - o RuaC do Passinho, com o qual trabalhou por dois anos. Esta experiência proporcionou também uma aproximação mais profunda ao universo do Funk, que levou ao desenvolvimento e realização, em 2015, com Geisa Lino, do projeto AMARÉFUNK - um festival de funk que aconteceu dentro da favela da Maré, com diversas atividades gratuitas, tais como: workshops de DJ e danças urbanas; debates sobre funk e sexualidade, a criminalização do funk e segurança pública; shows e palco aberto para DJs e MCs da comunidade. Em 2016, mudou-se para Lisboa, onde iniciou seus estudos no mestrado em Antropologia do ISCTE-IUL. Em 2018, criou o “Raba Power”, um projeto de investigação e partilha de diferentes técnicas e abordagens sobre mobilidade pélvica, sexualidade e auto-aceitação. Em 2020, a partir da pesquisa sobre a pelve do Raba Power, criou um novo projeto chamado ANCORAR, onde aprofunda ainda mais nessa pesquisa sobre a pelve numa aposta de que através dela, podemos acessar conteúdos profundos e nos reconectar com aquilo que nos dá suporte tanto mecânico, quanto emocional. Desde 2015 colabora com o AND Lab, integrando atividades das escolas e labs e colaborando com oficinas pontuais sobre sua pesquisa da pelve. Atualmente integra o AND Collective e colabora com a Escola do Reparar. floramariah.com < Anterior Próxima >
- Sílvia Guerra | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Sílvia Guerra Contabilidade Silvia Guerra N.1970. Habilitação de Técnica Oficial de Contas pelo Centro de Estudos de Contabilidade (1995). Desempenhou funções em diversas entidades, tais como: Selmiconta-Gabinete de Contabilidade como escrituraria (1988-1996), Gestiponte - Operação e Manutenção das Travessias do Tejo, como assessora financeira (1996-2000), SGLP-Soc.Mediação Imobiliária, Lda, Artes & Manhas - Artes Decorativas, Artes & Manhas II - Bar Galeria, e A.Pinheiro- Construção Civil, como gerente (2001-2008). Ao longo desde período acumulou funções como Técnica Oficial de Contas em diversas empresas. Desempenhou funções de contabilista e de apoio à gestão administrativa e financeira na Materiais Diversos (2007 a 2012) e na Revista Obscena (2010). Atualmente, além de cuidar da gestão financeira do AND Lab, colabora como contabilista e gestora financeira na RE.Al, na Nova Companhia e como contabilista na produção de filmes na Ar de Filmes, Ld < Anterior Próxima >
- Henrique Antão | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Henrique Antão Participante do Coletivo AND Henrique Antão é artista, engenheiro, educador e investigador do movimento, do som e do corpo. O processo fisiológico do movimento embrionário e dos primeiros anos de vida surge na sua investigação enquanto ponto de encontro e de partida para questionamentos transversais à ecologia humana, movidos pela possibilidade de uma boa convivência. Da pesquisa experiencial em práticas de escuta sensorial em movimento, procura pensar contextos educativos que re-centrem a sensibilidade, o jogo e a criação artística enquanto forças motrizes de um bem-estar em transformação, apoiado numa ética reparativa das relações. Mestre em Engenharia Electrónica e Telecomunicações pela Universidade de Aveiro em parceria com a Technische Universität Hamburg (2014), prossegue a sua formação académica com frequências em estudos de som e imagem no mestrado Sound/Vision na Hamburg University of Applied Sciences (2017), estudos curatoriais e pensamento crítico com Prof. Dr. Bonaventure Soh Bejeng Ndikung no mestrado Spatial Strategies na Weißensee Academy of Art Berlin (2022) e completa recentemente uma formação profissional em Pedadogia Somática para a Infância e Adolescência, no programa C.A.R.E. pela Somatische Akademie Berlin (2023). Enquanto artista do som, teve a oportunidade de criar espaços sónicos para a conferência The Live Legacy Project: Correspondences between German Contemporary Dance and the Judson Dance Theater Movement (Düsseldorf 2014), DanceKiosk-Hamburg (2016), Ponderosa Unfestival (Brandenburg 2020), SAVVY Contemporary (Berlim 2020). Vive na Alemanha entre 2011 e 2023, onde tem a oportunidade de contactar e ressoar com o trabalho de professores, pensadores e artistas do movimento destacando Tex Hobijn, Pauline de Groot, Angela Guerreiro, Bernardo Chatillon, Eva Karczag, Ka Rustler, Adalisa Menghini, Bonnie Bainbridge Cohen, Trude Cone, Peter Pleyer, Sigal Zouk, Joy Mariama Smith e Mark Tompkins. Recém-volvido a Portugal, reside actualmente em Lisboa. Integra a equipa do AND Lab a partir de março de 2024, após alguns anos a seguir o trabalho em oficinas e retiros da Escola do Reparar. < Anterior Próxima >
- Página de erro 404 | AND Lab
Não há nada aqui. A página pode ter sido reestruturada, atualizada ou descontinuada, ou o link seguido pode estar corrompido. Página Inicial Mapa do Site | Contacto
- MO-AND
Sobre o AND Lab e o Modo Operativo AND | AND Lab Next QU Ê? (O AND Lab) O Modo Operativo AND [MO_AND] O Modo Operativo AND (MO_AND) consiste numa ética do Re-parar, da Reparagem e da Reparação, sistematizada num conjunto de ferramentas-conceito e de proposições-jogo que, ao mesmo tempo, propõe e propicia: a investigação direta e experiencial dos funcionamentos do Acontecimento e da Relação; a explicitação dos modos de emergência e de sustentação de acontecimentos comuns metaestáveis; a sensibilização às condições de possibilidade contingentes-impermanentes de cada encontro e às consequências políticas dos posicionamentos individuais e/ou coletivos; a afinação das capacidades de distribuição não-hierárquica da atenção e de (re)inventário trajetivo do possível, simultaneamente no plano da auto-observação em ato e no plano do mapeamento da situação envolvente; o treino da disponibilidade à diferença e ao acidente/imprevisto, da comparência atempada, da tomada de decisão situada e da colaboração dissensual; a transferência de protagonismo do sujeito para o acontecimento, ou seja, a prática co(m)passionada da presença; o exercício de uma equiparação consistente entre autocuidado e cuidado do entorno e entre o discurso proferido e a sua efetuação no fazer; a frequentação exploratória de disposições subjetivas e relacionais dissidentes para a performance íntima e social dos afectos, numa pesquisa de alternativas aos modelos identitários e aos scripts pré-definidos e hierarquizados. Este sistema, concebido e desdobrado pela antropóloga e artista Fernanda Eugenio, é uma investigação viva e aberta, em constante transmutação e a partir de uma confrontação deliberada e insistente com o uso e com a prática. Ao longo de quase duas décadas dedicados a esta pesquisa, Fernanda Eugenio designou-a de diferentes modos, até à estabilização no nome Modo Operativo AND. O seu carácter distintivo reside sobretudo na força, na consistência e na singularidade do arcabouço conceitual original por ela entretanto desenvolvido, que conforma o vocabulário performativo pelo qual o MO_AND é reconhecido. Algumas das ferramentas-conceito e das proposições-jogo criadas por Fernanda Eugenio são: a tripla modulação do reparar: re-parar, reparagem, reparação; a tripla modulação da posição: dis-posição, (com)posição-com e re-posição – além do duplo percurso para desdobrá-las: da de-com-posição à re-posicão, da dis-posição à re-com-posição. as políticas da convivência Modo Operativo É, Modo Operativo OU e Modo Operativo E (AND); o Jogo das Perguntas QUÊ-COMO-QUANDO-ONDE; os jogos de zona de interferência , percorrendo as escalas entre-muites, entre-nós, entre-dois, entre-si e Ghost. os jogos de zona de transferência , para a descrição-circunscrição e formulação-performação do afeto: Isto-Isso-Isto e Isso-Isto-Isso; os jogos de cuidado-curadoria : com o território-corpo ou com o corpo-território o Diagrama Aberto-Explícito para a tomada de posição; as dez posições ante o Irreparável: (an)coragem, co(m)passionamento, consistência, comparência, firmeza, franqueza, suficiência, justeza, des-ilusão, des-cisão a nomenclatura Irreparável para abordar as feridas fundantes da pessoa e da cosmovisão/sensação modernas, bem como os diagramas exploratórios da tripla modulação do Irreparável: (ir)reversível/(in)cessável; (im)previsível/(in)evitável; (ir)remediável/(in)compensável conceitos-neologismos, tais como secalharidade e pensacção; jogos de palavras e de relações-tensão, tais como: Decisão/Des-cisão, Saber/Sabor, Manipulação/Manuseamento, Fragmentação/Desfragmentação, Eficiência/Suficiência, Coerência/Consistência, Justiça/Justeza, Relevância/Relevo, Condicionante/Condição, Rigidez/Rigor, Representação/Presentação, Interpretação/Circunscrição, Implicação/Explicação, Implicitação/Explicitação, Exibição/Exposição, (A)Parecer/Comparecer, Significado/Direção, Certeza/Confiança, Necessário/Preciso, (In)dependência/Autonomia etc . O MO_AND apoia-se na ativação do (contra)dispositivo do jogo não-competitivo e de regras imanentes como meio para a delimitação provisória de uma zona de atenção coletiva; como simulador de acidentes e como propiciador de uma simultaneidade entre dentro e fora. O recurso ao recorte – o tabuleiro de jogo – permite a instalação de “mundos dentro do mundo” e a exploração de diferentes escalas de menorização/maximização do (in)visível e de redução/ampliação do espaço e do tempo, estimulando o desenvolvimento de uma sensibilidade fractal, atenta e minuciosa às modulações relacionais da reciprocidade (justo meio entre a complementaridade e a simetria) e da suficiência (justo meio entre a eficiência e a desistência). O MO_AND é uma prática transversal e sem pré-requisitos, partilhada em oficinas, escolas e laboratórios abertos à participação de qualquer pessoa interessada em estudar, de modo vivencial, as (micro)políticas implicadas na operacionalidade e na sustentabilidade do viver-juntes, bem como a praticar a ‘criatividade’ noutros termos: deslocada do registo autocentrado e expandida em inventividade divergente e eticamente comprometida com a justeza. A experimentação ‘laboratorial’ da fractalização da percepção, aliada à ética proposta pelo MO_AND, tem efeitos concretos no comportamento, promovendo uma sensível diminuição da reatividade e do julgamento, uma correspondente ampliação da autonomia e da franqueza e uma tendência à sintonização entre afetos individuais e acontecimentos coletivos. Com a continuidade da prática, esses efeitos vão-se transpondo para a vida quotidiana e se infiltrando nos modos de ser-estar e criar-fazer, levando a sensíveis re-posicionamentos subjetivos e sociais. VER OS PROGRAMAS & ATIVIDADES DO AND Go VER OS PROGRAMAS & PRÁTICAS COLABORATIVAS Close
- Bernardo Chatillon | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Bernardo Chatillon Colaboração em Investigações e Práticas Bernardo Chatillon pretende imaginar novos mundos, colocando a hipótese de nos relacionarmos com os espaços que estão obstruídos, camuflados, ilegíveis, ignorados, invisíveis. Conviver com os corpos, as paisagens e os movimentos que estão presentes, mas não têm visibilidade, em articulação com o conceito de Pensamento Mágico aplicado à dimensão teatral. Estreou-se com os Artistas Unidos. Depois de completar o Chapitô integrou a Formação Intensiva Acompanhada no c.e.m e mais tarde a Escola Superior de Teatro e Cinema (Licenciatura Teatro / Actor). Entre 2012 e 2015 integra o casting da companhia do Teatro Nacional D. Maria II. Em 2016 muda-se para Berlim onde colabora em diversos formatos e projectos através de práticas artísticas, encontros e espectáculos com Marc Lohr, Sigal Zouk, Mineral Wasser Kolective, André Uerba, Peter Pleyer, Stephanie Mahler, Jeremy Wade , Benoilt Lachambre, Keith Hennessy, Joy Mariama Smith, Meg Stuart, Sandra Noeth, Natasha A Kelly, CA. Conrad, Sigmar Zecarias, Diego Aguillo, Sophia New, Fernanda Eugenio entre outros e completa o mestrado Solo/Dance/Authorship (SODA) pela Inter-University Center for Dance Berlin (HZT/UDK). Recentemente, criou os espetáculos Reindeer Age #0 , Uferstudios Berlin (2019), Teatro Do Bairro Alto (2020), Reindeer Age #1, P.T. 21 Espaço do Tempo (2021), O fazer do dizer , Centro Cultural de Belém (2022) , O que já cá está, Rua das Gaivotas 6 (2023). Em 2022 juntamente com Claudia Teixeira e Fernanda Eugenio começa a dar forma á criação da questão-tema “ politicas e praticas da amizade” para uma base de curadoria na programação do espaço Trust-Collective em Arganil. Em 2023 começou a lecionar na Escola Superior de Teatro e Cinema em Lisboa e entrou para a nova direção da associação R.I.Ju (Rancho Infantil e Juvenil de Coja) com o projeto Fôlego onde ensina, programa, experimenta e convive. < Anterior Próxima >
- Liliana Coutinho | Equipa & Colaboradores AND Lab
Pessoas da Equipa & Colaboradores | AND Lab Next EQUIPA (O AND La b) Liliana Coutinho Colaboração através do Programa Fazer Comum Liliana Coutinho é instrutora de Chi Kung terapêutico pela ESMTC – Escola Superior de Medicina Tradicional Chinesa e membra da APCKTT – Associação Profissional de Chi Kung e Tai Chi Terapêuticos. Pratica desde 2005, tendo iniciado a sua prática no método do Dr. Yayama e na Escola Tokitsu Ryu, juntamente com a prática de Tai Chi e a disciplina marcial de Jisei Budô. É 1º Dan do Método de Chi Kung do Dr. Yayama e 2º Dan de Jisei Budô. Programadora cultural e investigadora. FAZER COMUM é um programa de habitação do Espaço AND Lab, que tem como principal objetivo contribuir para a dinamização do tecido artístico e cultural de Lisboa, proporcionando espaço para trabalho, diálogo, encontro, pesquisa e partilha de práticas inseridas no âmbito de trabalho AND Lab - Arte, Política, Comunidade. São acolhidas práticas de (auto)cuidado e de expressão-criação extensivas, como aulas/sessões regulares, workshops pontuais e residências artísticas. Há também espaço para propostas de eventos tais como grupos de estudo, lançamentos de livros, conferências e palestras, reuniões e encontros, exposições e apresentações informais, entre outros. < Anterior Próxima >
- Praticas-Colaborativas
Programas Colaborativos | AND Lab Next COMO? (Fazer Comum) ANTERIOR PRÓXIMA páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum Práticas MO_AND em Conversa Com Fernanda Eugenio & Múltiplas Colaborações Práticas originadas da linha de colaborações externas "MO_AND em Conversa Com...", que podem integrar eventualmente a programação do Calendário ou das edições anuais da Escola do Reparar. MO_AND & PERFORMANCE SITE-SPECIFIC Fernanda Eugenio & Gustavo Ciríaco City Labs Cidades são tão diversas quanto as camadas que as compõem. Não param de voltar a emergir, de se re-performar ao olhar e de nos envolver com as suas atmosferas imperiosas e inevitáveis, acidentais e náufragas, frágeis e fortes, banais e extraordinárias. São alquimias sempre em processo, que vão produzindo padrões por vezes conflitantes, ainda que osmóticos, de habitação, experiência sensível e (des)agregação social. Além disso, resultantes de muitos sonhos de arquitetura, da mistura espúria entre fantasias utópicas, soluções improvisadas, estruturas de poder e desvios locais contingentes, as cidades são simultaneamente formas concretas e territórios efêmeros. Nelas vivemos e morremos, nos encontramos e nos despedimos, mantendo a ficção diária que une os interstícios do panorama mais amplo dos fenômenos urbanos. City Labs são laboratórios temporários de atenção, mapeamento, criação e performance in situ , instalados em bairros e vizinhanças críticas de diferentes cidades, escolhidos pela ligação pertinente a questões políticas e afetivas locais. Com esta estrutura itinerante, Fernanda Eugenio e Gustavo Ciríaco têm viajado, desde 2009, pelas mais diversas ambiências urbanas, na América do Sul, nos EUA, na Europa e na Ásia, colecionando uma multiplicidade de acoplamentos e arranjos, situados entre as operações urbanas, e pesquisando a variabilidade performativa da forma-cidade. Nesta colaboração duracional, os protocolos da Etnografia como Performance Situada, de Fernanda Eugenio, entram em conversa com os procedimentos de criação contextual, que Gustavo Ciríaco emprega na construção das suas peças imersivas e relacionais, gerando proposições por vezes transportáveis para outros sítios, por vezes irrepetíveis, além de serem partilhados através das oficinas Práticas Site-Specific . Práticas Site-Specific Orientadas por Fernanda Eugenio em colaboração com o artista contextual Gustavo Ciríaco, foram criadas a partir da experiência angariada com o projeto colaborativo City Labs, que vem sendo alimentado desde 2009, com a instalação de laboratórios temporários de pesquisa artística em espaços públicos de países tão diversos quanto o Vietname, os EUA ou o Brasil. Algumas edições da oficina incluem também a partilha e/ou o re-enactment de excertos de peças contextuais, de Gustavo Ciríaco, e de jogos-performances da Série Re-Programas, de Fernanda Eugenio. A proposta é praticar um conjunto de proposições perceptivas para experimentar (com) o lugar e para investigar a performatividade das cidades. Misturando os protocolos da Etnografia como Performance Situada com abordagens vindas da arte contextual, a primeira parte do trabalho envolve uma jornada exploratória pelas vizinhanças geográficas e sociais do lugar que acolhe a própria oficina, exercitando o reconhecimento das materialidades e operações que perfazem a experiência urbana e a atenção ao diminuto e ao rarefeito que dão acesso à dimensão poética do cotidiano. Com a matéria sensível recolhida, as pessoas participantes são então convidadas a experimentar criar pequenas performances in situ , individualmente ou em pequenos grupos, incidindo na zona limítrofe entre o que já lá está a acontecer e o contato mais ou menos efêmero com um “possível alargado”, jogando com a fantasia do que podem ser os lugares. As Práticas Site-Specific geralmente são oferecidas em oficinas, com a duração de uma semana, que tomam lugar durante a Primavera ou o Verão de Lisboa, momento do ano mais favorável para passar longos períodos ao ar livre. As oficinas também acontecem (inter)nacionalmente no âmbito de festivais, residências artísticas ou a convite de estruturas artísticas e culturais. MO_AND & MOVIMENTO AUTÊNTICO Fernanda Eugenio & Soraya Jorge Neste projeto de investigação colaborativa, apostamos no potencial político e na urgência de constituir um campo de troca, de coabitação e de criação de procedimentos cruzados entre práticas ético-estéticas e práticas somáticas. Práticas de Reparagem & Testemunho A partir da colocação em conversa e da aproximação entre a prática da reparagem/reparação (MO_AND) e a prática do testemunho (MA) , unimos forças na direção da constituição de um conjunto de táticas para o cuidado de si e o cuidado do entorno. Ao mesmo tempo, tentamos que as duas práticas possam complementar-se reciprocamente e funcionar como ‘anticorpo’ uma da outra. Embora formalmente muito distintas, é explícita a correspondência entre as práticas. Ambas partilham um mesmo afeto-questão: o compromisso com a afinação da escuta sensível e com a constituição de uma sensibilidade (micro)política, através de uma investigação de cunho experiencial, relacional e situado. O Movimento Autêntico (MA) é uma prática somática relacional para o desenvolvimento da consciência encarnada/corporificada, chamada de somafulness por Soraya Jorge, responsável pela introdução deste trabalho no Brasil e em Portugal, e criadora, há mais de vinte anos, de uma abordagem singular para a sua prática e partilha. O fundamento da investigação proposta pelo MA é a estrutura posicional movedor-testemunha: é a partir do estabelecimento de uma relação de confiança e reciprocidade entre as posições de ver e ser visto que se instaura um campo de forças seguro para a contemplação do corpo e seus estados e para a prática da escuta direta da sensação. A (re)conexão com o plano da sensação funciona como chave para mapear, mover e curar padrões reincidentes, tendências reativas e feridas emocionais, a partir do desenvolvimento gradual da chamada testemunha interna: uma consciência em movimento, capaz de acompanhar sem julgar, comunicar sem acusar e responsabilizar-se pelas narrativas e interpretações que cria. É notável o potencial político expandido da conjugação das ferramentas do MA com as do Modo Operativo AND, que partilhamos nas diferentes modalidades de oficinas colaborativas Práticas de Reparagem e Testemunho, orientadas por Fernanda Eugenio e Soraya Jorge, em dupla e/ou em articulação com os parceiros, e também integrantes desta pesquisa, Guto Macedo e Naiá Delion. Por um lado, o MO_AND contribui para a expansão da consciência encarnada proposta pelo MA, num compromisso não apenas com o autoconhecimento, mas com o engajamento e a participação no plano coletivo. Por outro lado, o MA convoca explicitamente a estender também ao plano do ‘acontecimento individual’ os exercícios de fractalização da percepção, de acolhimento do acidente e de tomada de posição suficiente, propostos pelo MO_AND. Empregando diferentes recursos, tanto o Modo Operativo AND quanto o Movimento Autêntico investigam, a partir de uma prática no terreno e no corpo, as modulações entre presença e ausência, dentro e fora, percepção e apreensão, afeto e partilha, foco e distração, instante e memória, singularidade e coletividade, desejo e responsabilidade. As oficinas MO_AND+MA começam com um ou dois dias dedicados à introdução, primeiro, a cada uma das práticas separadamente. Nos dias seguintes, parte-se para algumas proposições que exploram modos de combinar as ferramentas do MA – as posições movedore e testemunha e campo de potência para somafulness que se instaura entre ambes – com as do MO_AND – a ética de incorporação do acidente, a desfragmentação de si e a prática da re-paragem através do (contra)dispositivo do jogo quê-como-quando-onde. As oficinas têm durações e formatos variáveis e adota(ra)m diferentes títulos, consoante a modulação específica que se deseja explorar ou mover. Práticas de Reparagem e Testemunho: Modo Operativo AND e Movimento Autêntico MO_AND + DANÇA & COREOGRAFIA Fernanda Eugenio & Sílvia Pinto Coelho Práticas de Atenção Das muitas e variadas práticas que temos para nos colocarmos em estado de escuta ativa, de investigação e de criação, esta oficina procura ativar como hipótese a possibilidade de isolamento sensorial, delimitando uma zona temporária de atenção. A curiosidade da percepção e a criação de nexos em estado incipiente constituem o lugar privilegiado de pesquisa. Habitar um campo constituído envolve um processo de ajuste delicado e re-situado, em cada etapa, para encontrar uma implicação. Qualquer coisa como olear e afinar a máquina enquanto a usamos, num cuidadoso trabalho de sintonização. Por vezes, este processo já coabita conosco há muito tempo. O trabalho pode, nesse caso, passar por reconhecer o que já se encontra em andamento, para o explorar com a atenção, a imagem e a imaginação geradas. As Práticas de Atenção são o nome dado por Sílvia Pinto Coelho a um conjunto de proposições que têm vindo a desenvolver a partir de alguns métodos de olhar para as coreografias do cotidiano. No âmbito do AND Lab, estas práticas de atenção aliam-se às (também) práticas de atenção propostas pelo Modo Operativo AND, compondo uma oficina que propõe diferentes exercícios para inventariar o que já lá está, naquela difusa zona a que chamamos de ‘antes de começar’, observando se (e como) continuamos a(o) começar e pesquisando táticas de preparação e pré-paração. Tanto Fernanda Eugénio como Sílvia Pinto Coelho têm vindo a debruçar-se sobre vários modos de olhar para o processo como uma dramaturgia de decantação: tudo ‘pode’ (acontecer), mas entre aquilo que ‘pode’ (acontecer), o que é que se torna possível, o que é que se revela e é relevante, tanto individual como colectivamente? Esta oficina costuma ser oferecida no âmbito das edições anuais do AND Lab (atualmente a Escola do Reparar) constituindo o nosso modo de pré-paração para cada dia de trabalho. É também, por vezes, oferecida como módulo autónomo. MO_AND + TERNURA RADICAL Fernanda Eugenio & Dani D'Emilia Práticas de Des-Imunização Partem do campo de afinação entre a política de co(m)passionamento, experimentada por Fernanda Eugenio com o Modo Operativo AND, e a prática da Ternura Radical proposta pela artista Dani d’Emilia, no âmbito da performance e da pedagogia radical, para pesquisar, no plano da corporeidade, possíveis percursos para a ativação de modulações não-hierárquicas e disseminadas do amor e do amar, experimentando a sua liberação de conformações pré-definidas e a sua operatividade enquanto força de strangership : sintonização com o impróprio e o alheio, capacidade de prescindir da lógica da (des)identificação e do (des)entendimento para abrir-se em disponibilidade, comparência, escuta, engajamento e presença. Esta colaboração ancora-se no desejo de experimentar procedimentos relacionais e práticas político-afetivas encarnadas para a trans-formação social, explorando a dobra entre o íntimo e o político: entre os modos da vinculação proximal e aqueles que poderão operar, por emergência, mudanças sensíveis no coletivo. Criar as condições para o exercício desta política outra para a constituição situada do viver-juntes envolve acolher o risco e comprometer-se com o cuidado recíproco, a fim de sondar caminhos para a retomada de territórios afetivos imunizados pelos mecanismos da indiferença ou pelo fechamento identitário. Des-imunizar ao outro ( cum , o outro; o além de mim), experienciar a relação como dádiva ( munus ). Fazer no/do corpo coragem e franqueza para se implicar, a cada vez, no (re)fazer comum. Os procedimentos e as proposições vivenciais que vão sendo criados na relação entre es artistas são, periodicamente, partilhados sob a forma de diferentes oficinas experienciais abertas à participação de qualquer pessoa com disponibilidade e desejo de pesquisar o território vasto – e sempre ainda por inventar – dos modos como vivemos as nossas relações e distribuímos os nossos afetos. As oficinas propõem a cada vez um conjunto diferente de práticas emergentes da contaminação-afinação entre as políticas do co(m)passionamento e da ternura radical, sempre partindo do plano da corporeidade para investigar outras disposições sensíveis – menos dependentes da identificação e do entendimento – e modos de criar, frequentar e praticar formas disseminadas do amor. As proposições procuram criar um ambiente de confiança, acolhimento e franqueza – no qual o cuidado possa crescer na proporção do risco – e envolvem circuitos sensoriais e micro-scripts performativos para serem vividos em duplas, trios ou em pequenos grupos, circunscrevendo zonas temporárias de intimidade com o desconhecido e o desconhecível e convidando a experimentar estados de vulnerabilização deliberada e de elasticidade variável da (im)permeabilidade e do (des)conforto. Práticas de Dis-solução De Fernanda Eugenio e Dani d’Emilia, são parte da pesquisa colaborativa des artistas à volta da elasticidade das capacidades de vinculação íntima com o desconhecido/desconhecível e de possíveis percursos para a ativação de modulações politizadas, não-hierárquicas e disseminadas do amor. Apostando na sintonização com as valências da (dissolvência) como meio para pesquisar possíveis "foras" do regime hegemônico da solução, as Práticas de Dis-solução trabalham com a matéria íntima/pessoal para atravessá-la. Através de rituais psicosSOMAgicos, miram sintonizações com o infra e o transpessoal que permitam repousar no tecido da inseparabilidade, descansar no sentir distribuído e percorrer todo o espectro das sensações até a sua borda se (des)integrar no fora/dentro. Colocando em conversa o Modo Operativo AND e a Ternura Radical , esta colaboração iniciou em 2018 com as Práticas de Des-Imunizacão, focando em modos de retomada dos territórios afetivos imunizados pelos mecanismos de fechamento-proteção-indiferença característicos das relações entre humanes num enquadramento hegemônico-colonial-capitalístico. Com a pandemia e a demanda emergencial por imunização biológica, comprometeram-se as condições de proximidade que permitiam trabalhar na des-imunização afetiva à alteridade, ao mesmo tempo em que se tornou ainda mais urgente a sintonização com o fundo comum da Vida - feito não só do entrelaçamento com outres nomeáveis como "semelhantes", mas também da imbricação de cada ume com o corpo da Terra, com a vastidão ilimitada da vida para além e aquém das formas. Emergiram assim, em 2020, as Práticas de Dis-Solução, procurando fazer da ‘falta de contato físico’ entre humanes uma brecha para a coletivização do sentir, alargando as experimentações na direção de um repertório de intimidade relacional mais vasto, capaz de vibrar em amorosidade com outras formas de vida, mais-que-humanas. Experimento Re-Fusing Emerge na sequência de uma trajetória de investigação sobre como estender nossos modos e campos de intimidade entre e além do corpo social, de modo a incluir relações metabólicas mais amplas pelas quais somos constituídes e com as quais estamos continuamente entrelaçades. Movides pelo anseio e pela necessidade política de novas formas viscerais de respons(h)abilidade e pertencimento, temos vindo a investigar práticas que ativam a inseparabilidade e nos ajudam a sintonizar com ela enquanto uma experiência no sensível. Essa jornada começou em 2018, quando, colocando o Modo Operativo AND em conversa com a Ternura Radical , Fernanda e Dani criaram as Práticas de Des-imunização. A segunda fase dessa jornada deu lugar a outro campo de procedimentos relacionais, as Práticas de Dis-solução, por meio das quais emergiu uma série de Rituais PsicosSOMAgicos. Agora, com este primeiro experimento, circunscrevemos um novo campo de pesquisa na operação re-fusing - que sintetiza num só-multiplo movimento os gestos de recusar e refundir. Este é o desdobramento mais recente dessa pesquisa de longa duração, no qual, em conversa com Sarah Amsler, propomo-nos a estender mais amplamente abordagens queer ao plano das relações multiespécies, dando continuidade a esse trabalho dedicado a expandir formas de intimidade e a interromper, em si, inscrições sistêmicas que perpetuam a separabilidade. Iniciando um movimento mais direto de colocação em conversa das pedagogias do AND Lab e do coletivo Gestos Rumo a Futuros Decoloniais , o experimento encarnado Re-fusing propõe um protocolo simples para comparecer a encontros ume-para-ume com entidades mais-que-humanas, ativando modulações de relacionalidade cuir que permitam explorar em ato como co-sentir em vez de consentir - e, assim, pesquisar vias para reabrir e reorientar categorias e formas (passando do 'kind' ao 'kin'), sustentando a questão: 'o que é preciso recusar para re-fundir?' QUANDO-ONDE? Opções disponíveis e histórico deste Programa no Calendário de Eventos & Agendamentos VER A PROGRAMAÇÃO DO CALENDÁRIO Close VER AULAS E OCUPAÇÕES DO ESPAÇO AND LAB Close VER A BANCA DE ARTEFATOS PUBLICADOS Close Eventos atuais e/ou anteriores relacionados no Calendário [se houver atividades atuais, elas aparecerão primeiro; rolar a lista para ver o histórico de atividades realizadas] páginas de programas mo_AND páginas da escola do reparar páginas de programas de artefatos páginas do programa fazer comum ANTERIOR PRÓXIMA



















